Grandes Líderes, grandes marcas: o que podemos aprender com Jesus Cristo?
- Juliana Farias - Consultora de Personal Branding
- 27 de ago.
- 5 min de leitura
A análise que gostaria de propor hoje é sobre Jesus, o Cristo. Mas, antes de começar, vale ressaltar que esse post não tem nenhum objetivo religioso, e sim, o de fazer uma analogia da marca pessoal de Jesus e entender os principais aspectos que a tornam uma marca forte e autêntica.
Jesus é uma das marcas pessoais mais famosas da história. Sendo você religioso ou não, é preciso concordar que seu legado perpetua há mais de 2.000 anos e que, portanto, precisa ser estudada em diferentes aspectos.
A marca pessoal de Jesus é uma referência e tem uma relevância ímpar, influenciando muitas pessoas no mundo todo.

Da religião à psicologia
Apenas de curiosidade, fiz uma pergunta a um software de inteligência artificial para entender quantas obras foram publicadas até hoje a seu respeito e o retorno da AI foi: “É impossível determinar uma quantidade exata de livros, artigos e materiais publicados sobre Jesus devido ao volume gigantesco produzido ao longo dos séculos, abrangendo estudos históricos, teológicos, filosóficos e até literários".
Ele é, sem dúvida, uma das figuras mais escritas e debatidas da história, inspirando desde os Evangelhos bíblicos até obras acadêmicas modernas e culturais.
Foram milhares de materiais em diversas línguas e culturas escritos nos últimos séculos. Cada um com uma perspectiva diferente, dentro de diversos âmbitos e abordagens.
Em muitos deles, Jesus Cristo é estudado e admirado. A sua obra é relatada nos estudos históricos, considerando o contexto sociocultural; nos estudos teológicos, que alimentam a tradição cristã; estudos filosóficos, considerando questões morais e éticas; nos estudos literários, inspirando romances, poesias, peças de teatro; na criação de obras de arte, como pinturas, esculturas, músicas, filmes, séries; no desenvolvimento psicológico e espiritual, incentivando a transformação pessoal, mudança de valores e o bem-estar emocional; entre outros.
Uma marca pessoal forte, autêntica e inspiradora
Vou propor o desafio aqui de analisar a marca pessoal de Jesus com base no livro “Authentic Personal Branding” de Humbert Rampersad (2008), que trata da autenticidade de marcas pessoais.
Para começar, vale mencionar a sua forma de se comunicar. Ele não precisou escrever uma única linha, tão pouco precisou utilizar nenhuma mídia para propagar suas ideias.
Seu discurso era fluído, ele falava por parábolas, com uma linguagem simples para facilitar o entendimento da mensagem por todos em cada ocasião ou circunstância. Como principais ferramentas de comunicação utilizava o seu grande poder de síntese e o storytelling. Em suas narrativas, sempre gerava emoções positivas que aqueciam os corações dos ouvintes. Ele tratava de questões morais e éticas complexas e as transformava em ensinamentos de forma simples para que tivesse significado para todos. Seus apóstolos e demais seguidores contaram sua história e a espalharam por todo o planeta, dando visibilidade a toda sua obra. Sua mensagem de paz, amor, e caridade se tornou totalmente coerente diante da vida simples que escolheu levar.
Sua autoridade cresceu conforme a realização de seus milagres, exercendo a cura do corpo e da alma, mostrando assim, que o viés espiritual era mais importante do que o material. Sua boa vontade em ajudar o próximo foi inigualável, e para quem continua acreditando, ele continua nos ajudando.
Diferentemente das autoridades religiosas da época, sua integridade e consistência eram indiscutíveis. Pregando e fazendo o bem, ainda assim, podemos dizer que não agradou a todos, pelo contrário despertou a fúria em muitos, que nos tempos de hoje seriam os chamados “haters”.
Seu propósito era levar o amor por onde passava, mostrando a humildade e respeito pela dor do próximo. Tudo isso fez de sua marca pessoal autêntica e inspiradora para muitos até hoje, o que perpetuará, sem dúvida, por muitos e muitos anos.
Como podemos melhorar a nossa marca pessoal a partir dos ensinamentos de Jesus?
Jesus pregava o amor a si mesmo e também ao próximo.
Como uma analogia ao estudos em marca pessoal, podemos entender que o amor a si mesmo é a forma como lidamos com os nossos pensamentos e com o autoconhecimento, prestando atenção no que é, de fato, importante para nós. Seria como observar os nossos valores, propósito, objetivos, e como os colocamos em prática. Tendo uma vida conectada com o nosso “eu interior”, podemos encontrar a paz que precisamos para sermos mais felizes.
O amor ao próximo também está diretamente ligado a como tratamos o outro. Em seus ensinamentos, independente do status que os outros lhe davam, ele não deixava de tratar a todos da mesma maneira, com muito amor no coração e respeito. Considerando uma das passagens em que lavou os pés de seus discípulos, nos mostrava que por mais que exercesse influência sobre os outros, sua humildade era acima de qualquer poder. Outro ensinamento que podemos extrair seguindo essa premissa é o servir. Servir ao próximo é demonstrar a boa vontade de agir e ajudar os outros, o que também é de grande relevância para uma marca pessoal forte.
Jesus também nos ensina a ter fé, a querer e a acreditar.
Em uma de suas passagens, ele menciona que a nossa fé é igual a um grão de mostarda, e que se acreditarmos conseguiremos mover montanhas. Certamente, significa a importância de termos um olhar de otimismo sobre as coisas que fazemos e que desejamos. Esse olhar influência diretamente na nossa forma de viver, trabalhar, se relacionar e, também, nas decisões que tomamos para alcançar nossos objetivos.
Jesus nos ensina a perdoar.
Considerando a criação e manutenção de uma rede de contatos, o perdão das ofensas é um grande trunfo quando falamos de mercado de trabalho. No âmbito corporativo, a competição e os conflitos acontecem de forma frequente. Mas, muitas vezes, nos apegamos aos conflitos, esquecendo que todos temos ciclos em posições e empresas. Os ciclos se encerram e as pessoas seguem em frente. Conflitos devem ser considerados fundamentais para o aprendizado e melhorias de processo, mas para as relações devem ser trabalhados de forma conciliadora, empática e construtiva.
Jesus nos ensina a ter um propósito.
Seu propósito era claro e muito maior do que qualquer adversidade que encontrasse. Seja através das condições materiais que vivia, como também da aceitação das suas ideias. Para disseminar o seu evangelho, ele enfrentou até mesmo a sua família, poia seus irmãos não eram a favor de sua postura nem da sua forma de viver. Teve que lidar com a tentação, com a inveja, o ciúme, o orgulho e com o egoísmo de muitos. Sua jornada para salvar a humanidade tinha um significado muito maior do que a punição que seu próprio corpo teve que aguentar, ao ser morto e crucificado.
Jesus nos ensina o verdadeiro significado da liderança pelo exemplo.
Jesus influencia profundamente a transformação pessoal ao oferecer ensinamentos e princípios que promovem mudanças de valores, ensinando seus discípulos a pensarem de forma totalmente diferente da sua realidade da época.
Ele os ensina a crerem em si mesmos e a enfrentarem o desafio de mudança de um paradigma religioso complexo e de trajetória de vida. Temos que considerar que seus apóstolos deixaram suas famílias e suas profissões para se dedicarem a segui-lo e a propagar o seu evangelho. Seus seguidores eram estimulados todos os dias a enfrentarem os problemas para espalhar a “boa nova” e a encontrarem a transformação pessoal durante o processo, assim como ele fez.
O estudo sobre Jesus ainda perpetuará por muitas gerações devido à relevância da sua marca pessoal. Sua autoridade é inquestionável diante dos milagres e das transformações que proporcionou e vem proporcionando até hoje. Ele é uma marca inspiradora, que propaga a paz, o amor e a caridade, que é o amor na sua maior expressão. Sem dúvida, uma grande referência para muitos de seus admiradores.
E você, já começou a pensar na sua transformação pessoal? Seu propósito e seus valores estão conectados aos seus objetivos e suas ações? Como andam suas prioridades? Elas permitem uma conexão com os outros e com você mesmo?
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