Grandes líderes, grandes marcas: o que podemos aprender com Brené Brown?
- Juliana Farias - Consultora de Personal Branding
- 27 de abr. de 2021
- 5 min de leitura
Na análise de hoje, falarei sobre dois TEDs, que para quem não conhece, são conferências de até 20 minutos que têm como propósito espalhar ideias que podem mudar vidas. Os TEDs que escolhi foram da Brené Brown, sobre o tema vulnerabilidade.
Brené Brown é professora e pesquisadora americana, podcaster e autora de 5 best sellers como “A coragem de ser imperfeito” e “Mais forte do que nunca” e fundadora da Brave Leaders, em português Líderes Corajosos, empresa especializada em desenvolvimento de lideranças e mudanças de culturas organizacionais.
Ela passou os últimos 20 anos estudando temas como coragem, vulnerabilidade, vergonha, e empatia e também é a primeira pesquisadora a ter uma palestra filmada na Netflix.
Vou compartilhar o que aprendi com as suas duas palestras: “O poder da vulnerabilidade” - que é uma das cinco palestras do TED mais vistas no mundo, com mais de 52 milhões de visualizações e o “Ouvindo a vergonha” com mais 15 milhões de visualizações.
Vamos observar o que podemos aprender com Brené Brown, bem como, analisar os aspectos que levam a marca pessoal dela a ser considerada uma marca de sucesso.
Falarei também sobre como a vulnerabilidade influencia a marca pessoal.

O que aprendi com o TED “O poder da vulnerabilidade”?
Neste primeiro TED, Brené conta que tudo começa com a conexão. A conexão dá significado à nossa vida. Quando falamos sobre experiências ruins, elas são sempre baseadas em desconexões. Segundo a pesquisadora, a vergonha eleva o nosso medo das desconexões e da sensação de não pertencimento. Entretanto, para conseguirmos que as conexões aconteçam precisamos ser vistos, como realmente somos.
O fato é que todo mundo tem vergonha, mas ninguém quer falar sobre isso. Nossa vergonha é sempre de não sermos bons o suficiente para fazer algo, o que nos leva a ter uma sensação de vulnerabilidade.
Em seus estudos, ela concluiu que anestesiamos a nossa vulnerabilidade, e nos entregamos ao consumo, aos vícios, à compulsões alimentares e ao uso de medicamentos. Tudo isso para bloquearmos as nossas emoções e evitarmos de entrar em contato com as nossas frustrações. Porém, tudo é cíclico e, quanto mais fugimos da vergonha, mais nos sentimentos infelizes, vulneráveis e com medo.
Para a palestrante, as pessoas mais felizes são aquelas que entram em contato com a sua vulnerabilidade e acreditam que é isso que as tornam mais bonitas. Ela termina a palestra nos encorajando a:
Nos deixarmos ser vistos, profundamente e vulneráveis;
Amar plenamente, mesmo que não tenhamos garantias;
Praticar a alegria e a gratidão, mesmo nos momentos de terror;
Entendermos que se sentir vulnerável é se sentir vivo;
Acreditarmos que somos suficientes e, portanto, sermos primeiro mais gentis conosco e depois com os outros.
O que aprendi com o TED “Ouvindo a vergonha”?
Neste segundo TED, a Brené nos fala sobre duas lições que aprendeu com sua pesquisa. A primeira é que a vulnerabilidade não é uma fraqueza, como a maioria das pessoas pensa. A vulnerabilidade pode ser definida como risco emocional, exposição e incerteza. Mas, ela também é o berço da inovação, da criatividade e da mudança.
A segunda lição é sobre a relação entre vulnerabilidade e coragem. Nesse momento, ela faz uma citação de Theodore Roosevelt sobre o homem na arena. Resumidamente, ela nos convida a entrar na arena e quando entrarmos lá, é certo que a vergonha nos chamará. Virá então o primeiro questionamento: “Sou bom o bastante para estar aqui?” e depois, quando vencermos o primeiro, virá o segundo questionamento: “Quem você pensa que é?”.
Com estas duas indagações, ela nos faz refletir que o nosso maior critico, somos nós mesmos. As pessoas que se importam conosco ou com as quais trabalhamos, querem nos ver como somos e ousando com grandeza, segundo ela.
Quem nunca se fez essas perguntas quando exposto a um conflito?
De pesquisadora a storyteller
Falando sobre a marca pessoal de Brené Brown….De forma muito bem humorada, ela nos conta como a sua pesquisa expandiu a sua própria percepção e mudou o seu jeito de viver, trabalhar e cuidar de seus filhos. É interessante como a palestrante nos mostra as suas próprias vulnerabilidades enquanto conta suas historias, de forma autêntica.
Ela traz diálogos e situações pessoais que aconteceram antes e depois da ampla visibilidade que ganhou com os TEDs, mostrando suas inseguranças e que, apesar do sucesso, ela também tem uma parte dentro dela que queria que ela continuasse pequena.
Brené nos conta também sobre a crise psicológica que teve, quando descobriu que o segredo para lidar com a vulnerabilidade era simplesmente parar de controlar e de prever as coisas. Isso gerou um grande impacto em suas próprias crenças, já que, pesquisadores acreditam em dados e métricas, e somente naquilo que se pode medir.
Para ela, foi realmente uma luta que teve que ser trabalhada na terapia, já que, o seu mantra de marca costumava ser: “Dê uma paulada no desconforto, tire ele do caminho e tire dez em tudo”.
Nos dois TEDs, Brené dá um verdadeiro show, e nos mostra a sua real coragem de ser imperfeita, colocando o seu discurso em prática. Ela aborda os conceitos da sua pesquisa de forma clara e consistente, nos mostrando os resultados e embasamentos, o que nos permite aferir a sua autoridade de marca.
Como a vulnerabilidade influencia a marca pessoal?
Segundo a palestrante, ser vulnerável é permitir que os outros nos vejam como somos, de forma honesta. Ou seja, as pessoas não querem assistir a um personagem, portanto, por mais que tentemos projetar a imagem de uma marca perfeita e à prova de balas, não é isso que as pessoas querem ver.
A verdade é que as conexões com a nossa rede de contatos só serão formadas se formos capazes de nos mostrar como realmente somos, gerando afinidade com o nosso público-alvo.
Portanto, a autenticidade é um elemento chave das marcas de sucesso, pois elas estão dispostas a largar a sua projeção da marca ideal a fim de mostrarem como realmente são.
Podemos concluir que ter uma marca pessoal visível é estar na arena e vulnerável, mostrando as nossas qualidades e imperfeições. Mas, isso nem sempre é fácil. Temos que considerar que há um limite de exposição que precisa ser respeitado e que pode variar de pessoa para pessoa.
Por fim, é importante considerarmos que a autodeterminação também é um fator crucial para mostrarmos aos outros a nossa coragem de fazer os nossos projetos acontecerem.
Lembre-se que o crédito sempre será para aquele que se esforça em atingir os seus objetivos e melhorar os seus resultados a cada dia e não para aquele que evita o fracasso todos os dias.
E você, como tem se relacionado com as suas vulnerabilidades? O medo do fracasso te paralisa ou a coragem de fazer acontecer te impulsiona?
Aprofunde-se no tema.
Confira abaixo os links para os TEDs e a palestra no Netflix:
- TED: O poder da vulnerabilidade - https://www.ted.com/talks/brene_brown_the_power_of_vulnerability
- TED: Ouvindo a vergonha - https://www.ted.com/talks/brene_brown_listening_to_shame#t-1202786
- Série Netflix: The call to courage - https://www.youtube.com/watch?v=gr-WvA7uFDQ
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